A administração Biden mira nas taxas abusivas com nova regra proposta e orientações

A administração Biden dá um tiro certeiro nas taxas abusivas com nova regra proposta e orientações

WASHINGTON, 11 de outubro (ANBLE) – A administração Biden deu mais um passo contra as impopulares taxas extras na quarta-feira, com uma regra proposta que exigiria que as empresas divulguem as taxas obrigatórias antecipadamente e uma instrução aos bancos para que não cobrem tarifas excessivas por informações básicas, como saldo da conta.

A batalha contra as taxas extras faz parte do esforço da administração do presidente Joe Biden para aliviar as pressões no bolso dos eleitores, à medida que se aproxima um ano eleitoral.

Biden, um democrata, está concorrendo a um segundo mandato de quatro anos, e os republicanos estão criticando-o pela inflação e pela situação da economia.

Combatendo as “taxas extras”, Biden e seus aliados têm munição para mostrar que estão ajudando as pessoas a enfrentar os custos, já que muitos americanos estão insatisfeitos com a sua gestão econômica.

A administração já propôs uma regra para exigir que as companhias aéreas divulguem as taxas antecipadamente.

A Comissão Federal de Comércio propôs uma nova regra na quarta-feira para proibir taxas ocultas em uma série de setores, incluindo locadoras de carros, hotéis e fornecedores de ingressos para eventos. A agência estima que essas taxas custem aos consumidores dezenas de bilhões de dólares por ano em itens como taxas de resort de hotéis.

“Essas taxas extras funcionam como um imposto invisível que infla silenciosamente os preços em toda a economia”, disse a presidente da FTC, Lina Khan, em entrevista coletiva.

As empresas teriam que incluir todas as taxas obrigatórias no preço original fornecido aos clientes, facilitando a comparação de preços, informou a FTC.

A nova regra proposta permitiria que a agência exigisse penalidades monetárias de empresas que a violassem e obtivesse reembolsos para os clientes, disse a FTC em comunicado.

Enquanto isso, a Consumer Financial Protection Bureau emitiu uma opinião consultiva na quarta-feira, afirmando que os bancos e cooperativas de crédito não podem cobrar taxas excessivas dos consumidores que desejam verificar o saldo da conta ou descobrir quanto precisam pagar para quitar um empréstimo.

O CFPB propôs anteriormente reduzir as multas por atraso no cartão de crédito, o que irritou os bancos. O CFPB propôs, em fevereiro, um limite para as multas por atraso, estabelecendo um limite de $8 acima do qual os emissores de cartão precisariam fornecer justificativas, abaixo do atual de $30.

O Supremo Tribunal está considerando um desafio legal à estrutura de financiamento do CFPB apresentado pela indústria de empréstimos rápidos, que a administração considera uma ameaça para a viabilidade da agência.